segunda-feira, dezembro 29, 2008

quinta-feira, dezembro 25, 2008

MOVIMENTO NEOPENTECOSTAL - 3



3. Pontos discutíveis da PRÁTICA neopentecostal:
Este tópico pode parecer um pouco estranho visto já termos abordado a prática eclesiológica e teológica dos neopentecostais.
Eu poderia dar outro título, pois não me faltariam opções, contudo, eu quero abordar aqui a conclusão prática dos dois tópicos acima.
Ou seja, o resultado de uma eclesiologia e teologia distorcida é uma praxe confusa e antibíblica.
Portanto, vejamos algumas praxes neopentecostais cuja natureza são incoerentes com o ensino bíblico.
3.a. A prática MÍSTICA neopentecostal
Misticismo é o conjunto de normas e práticas que tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus.
O problema é que quase sempre, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia e se basear apenas em suas experiências.
Este é um dos grandes problemas dos neopentecostais, pois eles colocam suas experiências acima da Bíblia e dão a ela uma interpretação particular fora dos recursos hermenêuticos.
O Misticismo neopentecostalista é a mistura de figuras, objetos e símbolos para representarem coisas espirituais.
Eles tomam figuras do Antigo e Novo Testamento e as espiritualizam, transformando-as em "proteções" semelhantes às usadas pelas magias pagãs.
E deste ato aparecem crentes com fitinhas no braço, com medalhas de símbolos bíblicos, ungindo portas e janelas com azeite, colocando sal ao redor da casa para impedir a entrada de maus espíritos; outros bebem copos de água abençoada, usam óleos consagrados em Jerusalém, guardam gravetos que misteriosamente aparecem brilhando nos montes, ungem roupas para libertar as pessoas e etc.
Estas coisas se estabelecem como pontos de contato e não passam de artifícios que roubam o lugar da fé e da eficácia da obra de Cristo.
Este tipo de prática é rejeitado tantos pelos Pentecostais como pelas Igrejas Históricas, visto ser uma doutrina pagã que visa estabelecer por meio de objetos, um ponto de contato entre Deus e o homem.
O ponto de contato dos verdadeiros cristãos é a fé em Jesus, pois Ele é o único mediador entre Deus e o homem.
As magias pagãs estabelecem como pontos de contatos objetos tais como amuletos, talismãs, patuás, cristais, pedras e coisas para "proteção".
Estes ensinos, anulam a obra de Cristo criando um novo meio de justificação ou arranjando um amuleto de fé para as pessoas se apoiarem.
O problema é que tais pessoas acabam baseando sua fé em objetos assim como fez Gideão (Jz 8.27).
A questão não é se Jesus ou apóstolos usou nalgumas vez algum objeto em suas ministrações, mas no que isto pode implicar.
Basicamente, a cosmologia brasileira é sincretizado pelo cristianismo europeu, pelo animismo (NOTA 12) dos índios e pelo fetichismo (NOTA 13) dos africanos.
O animismo prega que existe uma alma ou poder, a permear cada objeto.
E o fetichismo manifesta-se na cultuação, veneração ou uso religioso de um objeto que representa uma pessoa, coisa, divindade ou ritual.
Estas práticas pagãs não possuem um relação muito intima com os pontos de contato (NOTA 14) ?
Entretanto, a igreja não tem que imitar ao mundo; e o animismo é a base para a idolatria.
3.b. A prática LEGALISTA e LIBERAL do neopentecostalismo:
Ou eles são legalistas (NOTA 15) ou liberais, e poucos deles são equilibrados.
Os legalistas enfatizam, sobretudo, a observância dos usos e costumes como um processo de santificação e preparação para a salvação.
Outros já não se importam com mudança de vida, preocupam-se apenas com prosperidade, saúde e felicidade neste mundo.
Estes últimos vivem uma espécie de "evangelho hedonista (NOTA 16)" que enfatiza apenas o prazer como o fim último da vida.
Os primeiros, os legalistas, desenvolvem o "evangelho ascético (NOTA 17)" que opta pela "mortificação da carne", isolamento social e confinamento espiritual como um tipo de disciplina pessoal.
Só um entendimento correto da doutrina da graça de Deus, poderia conduzir estas pessoas a uma coerência bíblica e, conseqüentemente, a uma prática religiosa sadia.
Enfim, existem ainda muitos pontos discutíveis do neopentecostalismo que aqui não apresentamos.
No entanto, esta abordagem dará a você uma visão geral do movimento.
É bom lembrar que nossa exposição não é contra os crentes neopentecostais, mas contra o sistema neo-pentecostal.


DEUS EM CRISTO JESUS VOS ABENÇOE.

MOVIMENTO NEOPENTECOSTAL - 2



- Tendo falado sobre a questão eclesiológica da igreja neopentecostal, apresentaremos agora alguns pontos teológicos questionáveis que eles sustentam.
2. Pontos discutíveis da TEOLOGIA neopentecostal:
O reverendo Roberto Laranjo, em seu artigo O Neopentecostalismo e suas implicações, publicado pela revista Rhêmata (NOTA 6) , destaca três tópicos teológicos que o neopentecostalismo interpreta de forma questionável. Tomaremos sua sugestão de tópicos para refletirmos sobre a teologia neopentecostal:
2.a) A exclusividade das ESCRITURAS:
Os neopentecostais afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus e, com isto, nós concordamos.
Mas para eles, a palavra dos "profetas", dos visionários, também é a Palavra de Deus.
E, por isto, baseiam suas vidas e suas doutrinas também em visões, "novas revelações" e em experiências místicas. A Bíblia é a revelação perfeita e final de Deus para o homem; visões e profecias, foram acessórios usados neste processo de formação da Sagrada Escritura.
Hoje porém, temos a fé de que a Palavra de Deus é viva, eficaz e suficiente (Hb 4.12) sendo esta a nossa única regra de fé e prática.
E uma vez que o cânon (NOTA 7) do Novo Testamento foi concluído, devemos nos apoiar apenas na Palavra e em nada mais.
Não ignoramos a iluminação do Espírito propiciada para que entendamos mais profundamente a Palavra, mas negamos que sejam necessárias "novas revelações".
Em Jo 16.13 o Senhor Jesus diz que o Espírito nos guiaria em toda a verdade e não que nos revelaria "novas verdades".
2.b) A TRINDADE A maioria deles defende a doutrina da Trindade, como nós também, porém a pessoa mais enfatizada no culto neopentecostal é o Espírito Santo.
Praticamente tudo no culto é atribuído ao Espírito: cura, expulsão de demônios, decisões, etc.
E o papel das outras pessoas da Trindade é ignorado.
Parece que eles consideram o Espírito superior aos demais membros da divindade, ou pelo menos, mais importante.
No entanto, a Bíblia diz que o Filho glorifica o Pai e, o Espírito, glorifica o Filho, que por sua vez, derrama o Espírito que faz o homem orar ao Pai em nome de Jesus (Jo 13. 32; 14.13; 16.14).
A verdade é que, embora a divindade seja composta de três pessoas distintas, elas formam uma unidade essencial perfeita. De forma que é impossível um existir e agir sem a participação de todo o conselho divino .
2.c) A superficialidade da VIDA ESPIRITUAL Devido à ênfase na liturgia envolvente, curas e exorcismos, os neopentecostais são na sua maioria superficiais na fé e no conhecimento das Escrituras.
Este superficialismo os faz presa fácil de perniciosas heresias e de lobos vestidos de cordeiro.
Por isto também que as comunidades neopentecostais são tão suscetíveis ao empirismo (NOTA 8) , misticismo (NOTA 9) , materialismo e muitas outras tendências tão nocivas à fé cristã.
E o resultado desta superficialidade é a imaturidade manifesta numa vida carnal não experimentada no fruto do Espírito Santo.
Não estamos dizendo que todos os neopentecostais são leigos, porque não são. Contudo, a hermenêutica deles é profundamente comprometida com "novas revelações" o que os faz suscetíveis à tendenciosidade.
2.d) Quanto à SALVAÇÃO O pensamento deles sobre salvação não se limita a considerá-la apenas obra do Espírito, mas a ensinam como produto da cooperação humana e tão inflacionável como nossa economia: hoje tenho amanhã posso ter perdido.
Contudo, a Bíblia ensina com muita segurança que a salvação é pela graça e não por méritos previstos ou praticados pelo homem (2ª Tm 1.9), e que a salvação é eterna (Hb 5.9).
O conceito arminiano (NOTA 10) tem larga expressão e até sofre uma radicalização dentro do neopentecostalismo.
E como conseqüência, alguns se revestem de um humanismo tão grande, à semelhança de Erasmo de Roterdam (NOTA 11), que chegam a pregar que Deus depende carentemente da vontade humana para realizar seus desígnios e, que se o homem não quiser, Deus não pode fazer nada senão esperar até o dia que tal pessoa resolver dar uma chance para Ele.
Este, sinceramente, não é o meu Deus, nem o revelado na Bíblia e na história como soberano, criador e mantenedor de todas as coisas.
Esta exaltação do "livre arbítrio humano" é contrário à Soberania de Deus.
Se falamos de liberdade de escolher no homem, não nos esqueçamos da liberdade de escolher de Deus.
E não é injusto Deus fazer o que lhe aprouver, assim como não é injusto você queimar seu carro se o desejar fazer.


DEUS EM CRISTO JESUS VOS ABENÇOE.