terça-feira, maio 24, 2011

EXERCÍCIO DE TEOLOGIA 5.

EXERCÍCIO..

054) O QUE SIGNIFICA O TERMO IGREJA?
R: Palavra oriunda do termo grego “ekklesia” ou “Assembléia de cidadãos reunidos com determinado propósito” (At 19,32. 41).
O sentido da palavra é “assembléia ou congregação”. Este é o conceito certo da palavra igreja.

055) QUAIS SÃO AS FIGURAS NA BÍBLIA?
R: O corpo de Cristo – Cl 1.24
O templo de Deus – Ef 2.21,22; 1ª Co 3.16,7.
A noiva de Cristo – 2ª Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7, 21.2.
Povo Santo - Rm1. 6,7; 1ª Co 1.2.

056) QUAL O FUNDAMENTO DA IGREJA?
R: Jesus Cristo – 1ª Co 3.11 => “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mt16: Edificada sob o fundamento dos apóstolos – Ef 2.20

057) CITE O NOME E LOCAL DE DEZ IGREJAS QUE FORAM ESTABELECIDAS NO PRIMEIRO SÉCULO?
R: As igrejas de Deus desde o primeiro século sempre foram chamadas ou pelo nome da cidade em que ela se situava, ou pelo nome dos     donos das casas onde elas se reuniam.
01 = Igreja em Jerusalém – Jerusalém/Judá - At 11.22
02 = Igreja em Antioquia – Antioquia/Síria - Atos 13: 01
03 = Igreja em Cencréia – Porto situado próximo a Corinto - Rm 16.1
04 = Igreja de Deus – Corinto/Acaia/Grécia – 1ª Co 1.2
05 = Igrejas da Galácia – Ásia Menor/Turquia – Gl 1.2
06 = Igreja de Filipos – Filipos/Macedônia/Grécia - Fp 4: 15
07 = Igreja dos Tessalonicenses – Macedônia/Grécia – 1ª Ts 1: 1
08 = Igreja em Efésios – Efésos/Ásia Menor – Ap 2.1
09 = Igreja na casa de Priscila e Áquila – Roma/Itália – Rm 16.3-5
10 = Igreja de Cristo – Cesaréia de Felipe/Judéia  - Mt 16.18; Rm 16.16
11 = Igreja de Colossos – Frigia/Ásia menor (Cl 4 : 15)

058) O QUE SIGNIFICA IGREJA LOCAL?
R: É composta de pessoas pertencentes a todas as situações históricas, culturas raciais ou étnicas e níveis sócio-econômicos que nasceram de novo e compartilham a dedicação de suas vidas ao Senhorio de Jesus Cristo.

059) O QUE É QUALIDADE DE IGREJA?
R: Membros alistados entre centenas de milhões de crentes existente no mundo inteiro, que jamais devem perder de vista a importância bíblica e teológica de continuar prestando atenção e obediência à soberana atuação do Espírito de Deus.

060) QUAIS OS CARGOS HIERÁRQUICOS MAIS USUAIS NA IGREJA? 
R: Profetas, Evangelistas, Pastores – Ef 4.11.
Presbíteros ou Bispos - At 20.28; 1ª Tm 3.1-7; 1ª Pd 5.1-5
Diáconos – At 6.1-4; 1ª Tm 3.8-13; Fl 1.1.
Diaconisas – Rm 16.1; Fl 4.3.
Auxiliares – 1ª Co 16.16
 
061) QUAIS AS FORMAS DE DISCIPLINA NA IGREJA?
R: As medidas disciplinares têm dois principais objetivos em vista:
a) Expor e remover da comunhão da Igreja, crentes professos cujo testemunho prove que não nasceram de novo. Tais pessoas são descritas     em 1 João 2:l9.
b) Corrigir de tal maneira o crente que pecou, que ele venha a ser restaurado à comunhão do Senhor e da Igreja. A disciplina cristã deve ter     sempre um objetivo em vista: contribuir para a restauração espiritual do que tenha errado.
Repreensão Pessoal – 2ª Co 13.2,10; 1ª Ts 5.14; 2ª Tm 2.24,25; Hb 10.25.
Repreensão com Testemunha – Mt 18.15-18
Repreensão Pública – 1ª Tm 5.20
Exclusão - 1º Co 1-5; 1ª Co 9-13; 2ª Ts 3.14,14.
Disciplina formativa – Esta é a forma primária e mais simples de disciplina. Consiste em ensinar, instruir e guiar os cordial decidido nos caminhos da verdade e justiça.
Disciplina corretiva - Gl. 6:1; Mt. 18:17
Disciplina Excessiva - Mt. 18:15-18; Rm. 16:17; 1ª Tm 6:3-5; 1ª Co. 5:1-8; 2ª Ts. 3:6, 14.

062) QUAIS AS FORMAS DE BATISMO? 
R: O Simbolismo da ordenança requer imersão.
Imersão - Ato de imergir = Fazer submergir; mergulhar, afundar, Rm. 6:4; Cl. 2:12
Afusão – Banho, aspersão.
Aspersão - Ato ou efeito de aspergir; aspergimento; borrifo, respingo.

063) O QUE SIGNIFICAM OS EMBLEMAS DA SANTA CEIA?
R: No Velho Testamento, a Páscoa era símbolo da libertação da escravidão egípcia. No Novo Testamento, a Santa Ceia tornou-se o símbolo da libertação da escravidão do pecado.
Os emblemas são: “Pão sem fermento e o Vinho puro de uva”, que simbolizam o Corpo e Sangue de Cristo.

064) QUAIS AS FUNÇÕES GERAIS DA IGREJA? 
R: Pregar a Salvação Evangelizar - Mt 28.19,20.
Prover meios de adoração, adorar.
Prover comunhão religiosa, edificar.
Sustentar uma norma de conduta moral, responsabilidade social.

065) COMO A IGREJA PODE MODERNIZAR SEM MUNDANIZAR?
R: O grande desafio que temos como Ministros e servos de Deus é nos adaptarmos a mudanças seculares, através de estudos e cursos teológicos, sem permitir que a secularização ganhe terreno. Se pararmos no tempo vamos perder, a conexão das necessidades do povo, e com isso também perdemos nossa eficiência. É preciso manter os “princípios antigos e originais” - Pv 22:28, mas também precisamos dar a eles uma roupagem nova. Não precisado com isso usar brincos, tatuar o corpo, colocar um percing etc... Não precisamos disso para atrair pessoas às nossas Igrejas. Precisamos sim! Ser mais modernos, mas em qual sentido? Usando o que temos de melhor e mais moderno, as nossas vidas, para coloca-las a disposição da obra de Cristo, para  evangelizar mais as pessoas com amor, coloca-las no altar de Deus, consagra-las mais ao Senhor, buscar mais a Santidade para elas, que emana do próprio  Deus. Não somos nós quem "enchemos" as Igrejas ou convertemos as pessoas. Isso é obra do Espírito Santo. Somos apenas canais do fluir de Deus. Quando uma igreja é cheia da unção de Deus, quando há liberdade no Espírito, quando os sinais acompanham aqueles que crêem, então teremos um crescimento tal e estrondoso, pois o próprio Senhor, como diz o Livro de Atos dos Apóstolos, acrescentará dia a dia o que serão salvos – At 2.47. Modernizar sem Mundanizar é ser Culto e Espiritual, é está Antenado.

066) PORQUE É OBRIGATÓRIO TER NA IGREJA NO MÍNIMO QUATRO DIAS/CULTOS QUE SÃO DE: 1 – DOUTRINA; 2 – ESTUDOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS, 3 – LIBERTAÇÃO E AUTO-AJUDA E 4 – EVANGELIZAÇÃO E FAMILIA?
R: Para que os membros não procurem outros lugares para irem, e correrem o risco de se desviarem da presença do Senhor, e também ficarem bem entendidos na vontade de Deus para eles em suas vidas.

OBS: NEM TODAS AS QUESTÕES ESTÃO CORRETAS É PRECISO CONFIRMA-LAS.


DEUS EM CRISTO JESUS VOS ABEMÇOE.

domingo, maio 22, 2011

A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 07


A BÍBLIA

Traduções completas

a) Em 1902, as sociedades bíblicas empenhadas na disseminação da Bíblia no Brasil patrocinaram nova tradução da Bíblia para o português, baseada em manuscritos melhores que os utilizados por Almeida. A comissão constituída para tal fim, composta de eruditos nas línguas originais e no vernáculo, entre eles o gramático Eduardo Carlos Pereira, fez uso de ortografia correta e vocabulário erudito. Publicado em 1917, o trabalho ficou conhecido como Tradução Brasileira. Apesar de ainda hoje apreciadíssima por grande número de leitores, essa Bíblia não conseguiu firmar-se no gosto do grande público.
b) Coube ao padre Matos Soares realizar a tradução mais popular da Bíblia entre os católicos na atualidade. Publicada em 1930 e baseada na Vulgata, suas notas entre parêntesis defendem os dogmas da Igreja Romana. Por esse motivo, recebeu apoio papal em 1932.
c) Em 1943, as Sociedades Bíblicas Unidas encomendaram a um grupo de hebraístas, helenistas e vernaculistas competentes a revisão da tradução de Almeida. A comissão melhorou a linguagem, a grafia dos nomes próprios e o estilo.
d) Em 1948, organizou-se a Sociedade Bíblica do Brasil, destinada a “Dar a Bíblia à pátria”. Essa entidade fez duas revisões do texto de Almeida, uma mais aprofundada, que deu origem à Edição Revista e Atualizada no Brasil, e uma menos profunda, que conservou o antigo nome, “Corrigida”.
e) Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira, criada em 1940, publicou sua Edição
Revisada de Almeida, cotejada com os textos em hebraico e grego. Essa edição foi posteriormente reeditada com ligeiras modificações.
f) Em 1988, a Sociedade Bíblica do Brasil traduziu e publicou a Bíblia na Linguagem de Hoje. O propósito básico dessa tradução era apresentar o texto bíblico em linguagem comum e corrente. Em 2000, após ampla revisão, foi reeditada como Nova Tradução na

Linguagem de Hoje.

g) Em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição Contemporânea da Bíblia traduzida por Almeida. Essa edição eliminou arcaísmos e ambigüidades do texto quase tricentenário de Almeida e preservou, sempre que possível, as excelências do texto que lhe serviu de base.
h) Uma comissão constituída de eruditos em grego, hebraico, aramaico e português, coordenada pelo pastor Luiz Sayão, sob o patrocínio da Sociedade Bíblica Internacional, concluiu em 2001 uma nova tradução das Escrituras, a Nova Versão Internacional (NVI), texto adotado desde então pela Editora Vida.
i) São também dignas de referência: a Bíblia traduzida pelos monges de Meredsous (1959); a Bíblia de Jerusalém, traduzida pela Escola Bíblica de Jerusalém (padres dominicanos) e editada no Brasil por Edições Paulinas em 1981, com notas; a Edição Integral da Bíblia, trabalho de diversos tradutores sob a coordenação de Ludovico Garmus, editado pela Editora Vozes e pelo Círculo do Livro, também com notas. Abraão de Almeida e Jefferson Magno Costa.

Fonte: Bíblia Thompson

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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 06

A BÍBLIA

A Bíblia no Brasil
Traduções parciais

a) Nazaré. Em 1847, publicou-se, em São Luís do Maranhão, O Novo Testamento traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, que se baseou na Vulgata. Foi, portanto, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil. Essa tradução tornou-se famosa por trazer em seu prefácio pesadas acusações contra as “Bíblias protestantes”, que, segundo os acusadores, estariam “falsificadas” e falavam “contra Jesus Cristo e contra tudo quanto há de bom”.
b) Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral do Rio de Janeiro publicou a que ficou conhecida como “a primeira edição brasileira” do Novo Testamento de Almeida. Essa versão foi revista por José Manoel Garcia, lente do Colégio D. Pedro II, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa, da cidade de Campos, RJ, e pelo primeiro agente da Sociedade Bíblica Americana no Brasil, pastor Alexandre Blackford, ministro do evangelho no Rio de Janeiro.
c) Harpa de Israel foi o título que o notável hebraísta F. R. dos Santos Saraiva deu à sua tradução do livro de Salmos, publicada em 1898.
d) Em 1909, o padre Santana publicou sua tradução do Evangelho de Mateus, vertida diretamente do grego. Três anos depois, Basílio Teles publicou a tradução do Livro de Jó, com sangrias poéticas. Em 1917 foi a vez de J. L. Assunção publicar O Novo Testamento, tradução baseada na Vulgata.
e) Traduzido do velho idioma etíope por Esteves Pereira, O Livro de Amós surgiu isoladamente no Brasil em 1917. Seis anos depois, J. Basílio Pereira publicou a tradução do Novo Testamento e do Livro dos Salmos, ambos baseados na Vulgata. Por essa época, surgiu no Brasil (infelizmente, sem indicação de data) a Lei de Moisés (o Pentateuco), edição bilíngüe hebraico-português, preparada pelo rabino Meir Matzliah Melamed.
f) O padre Huberto Rohden foi o primeiro católico a traduzir no Brasil o NT diretamente do grego. Publicada pela instituição católico-romana Cruzada Boa Esperança em 1930, essa tradução, por estar baseada em textos considerados inferiores, sofreu severas críticas.

Fonte: Bíblia Thompson

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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 05

A BÍBLIA

A Bíblia de Rahmeyer

Tradução completa da Bíblia, ainda hoje inédita, traduzida em meados do século XVIII pelo comerciante hamburguês Pedro Rahmeyer, que residiu trinta anos em Lisboa. O manuscrito dessa Bíblia encontra-se na Biblioteca do Senado de Hamburgo, Alemanha.

Tradução de Figueiredo

Nascido em 1725, em Tomar, nas proximidades de Lisboa, o padre Antônio Pereira de Figueiredo, partindo da Vulgata, traduziu integralmente o AT e o NT, gastando dezoito anos nessa laboriosa tarefa. A primeira edição do Novo Testamento saiu em 1778, em seis volumes. Quanto ao Antigo Testamento, os dezessete volumes da primeira edição foram publicados de 1783 a 1790. Em 1819, veio à luz a Bíblia completa de Figueiredo, em sete volumes. E, em 1821, foi publicada pela primeira vez em um único volume.
Figueiredo incluiu em sua tradução os chamados livros apócrifos, que o Concílio de Trento havia acrescentado aos livros canônicos em 8 de abril de 1546. Esse fato contribui para que sua Bíblia seja ainda hoje apreciada pelos católicos romanos nos países de fala portuguesa.
Na condição de exímio filólogo e latinista, Figueiredo pôde utilizar-se de um estilo sublime e grandiloqüente, e seu trabalho resultou em um verdadeiro monumento da prosa portuguesa. No entanto, por não conhecer as línguas originais e se haver baseado tão-somente na Vulgata, sua tradução não suplantou em preferência o texto popular de Almeida.

Fonte: Bíblia Thompson


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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 04

A BÍBLIA

Outras traduções

Outras traduções em língua portuguesa realizadas em Portugal são dignas de menção:
a) Os quatro evangelhos, traduzidos em elegante português pelo padre jesuíta Luiz Brandão.
b) No início do século XIX, o padre Antônio Ribeiro dos Santos traduziu os evangelhos de Mateus e Marcos, ainda hoje inéditos.
É fundamental salientar que todas essas obras sofreram, ao longo dos séculos,
implacável perseguição da Igreja Romana, e de muitas delas só escaparam um ou dois exemplares, hoje raríssimos. A Igreja Romana também amaldiçoou a todos os que conservassem consigo essas “traduções da Bíblia em idioma vulgar”, conforme as denominavam.

Período das traduções completas

Tradução de Almeida Coube a João Ferreira de Almeida a grandiosa tarefa de traduzir pela primeira vez para o português o AT e o NT. Nascido em 1628, em Torre de Tavares, nas proximidades de Lisboa, João Ferreira de Almeida mudou-se aos doze anos de idade para o sudeste da Ásia. Após viver dois anos na Batávia (atual Jacarta), na ilha de Java, Indonésia, partiu para Málaca, na Malásia, e lá, pela leitura de um folheto em espanhol acerca das diferenças da cristandade, converteu-se do catolicismo à fé evangélica. No ano seguinte, começou a pregar o evangelho no Ceilão e em muitos pontos da costa de Malabar. 
Não tinha ainda dezessete anos de idade quando iniciou o trabalho de tradução da Bíblia para o português, mas lamentavelmente perdeu o manuscrito e teve de reiniciar a tradução em 1648.
Por conhecer o hebraico e o grego, Almeida pôde utilizar-se dos manuscritos dessas línguas, calcando sua tradução no chamado Textus receptus, do grupo bizantino.
Durante esse exaustivo e criterioso trabalho, serviu-se também das traduções holandesa, francesa (de Baza), italiana, espanhola e latina (Vulgata).
Em 1676, João Ferreira de Almeida concluiu a tradução do NT e no mesmo ano remeteu o manuscrito para ser impresso na Batávia. Todavia, o lento trabalho de revisão a que a tradução foi submetida levou-o a retomá-la e enviá-la para ser impressa em Amsterdã.
Finalmente, em 1681, surgiu o primeiro Novo Testamento em português, trazendo no frontispício os seguintes dizeres, que transcrevemos ipsis litteris: “O Novo Testamento, isto é, Todos os Sacro Sanctos Livros e Escritos Evangélicos e Apostólicos do Novo Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Iesu Cristo, agora traduzido em português por João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho. Com todas as licenças necessárias. Em Amsterdam, por Viúva de J. V. Someren. Anno 1681”.
Milhares de erros foram detectados nesse Novo Testamento de Almeida, muitos deles produzidos pela comissão de eruditos que tentou harmonizar o texto português com a tradução holandesa de 1637. O próprio Almeida identificou mais de 2 mil erros na tradução, e outro revisor, Ribeiro dos Santos, afirmou ter encontrado um número bem maior. Logo após a publicação do Novo Testamento, Almeida iniciou a tradução do AT. Ao falecer, em 6 de agosto de 1691, havia traduzido até Ezequiel 41:21. Em 1748, o pastor Jacobus op den Akker, da Batávia, reiniciou o trabalho interrompido por Almeida, e cinco anos depois, em 1753, foi impressa a primeira Bíblia completa em português, em dois volumes. Estava concluído, portanto, o inestimável trabalho de tradução da Bíblia por João Ferreira de Almeida.
Apesar dos erros iniciais, ao longo dos anos estudiosos evangélicos vêm depurando a obra de Almeida, tornando-a a preferida dos leitores de fala portuguesa.

Fonte: Bíblia Thompson

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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 03

A BÍBLIA

A Bíblia em português

Período das traduções parciais

a) Venturoso ou Bem-Aventurado: a despeito de esse título ter sido atribuído a d. Manuel como o principal incentivador das grandes navegações, mais bem-aventurado que esse rei português foi um de seus antecessores, d. Diniz (1279-1325), por ter sido o primeiro a traduzir para a língua portuguesa o texto bíblico, tornando assim possível a navegação dos leitores de língua portuguesa pelo imenso mar da Palavra de Deus.
Grande conhecedor do latim clássico e leitor da Vulgata, d. Diniz resolveu enriquecer a língua portuguesa: traduziu as Sagradas Escrituras para nosso idioma, tomando como base aquela tradução. Embora lhe faltasse perseverança e só conseguisse traduzir os vinte primeiros capítulos do livro de Gênesis, seu esforço colocou-o em posição historicamente anterior a alguns dos primeiros tradutores da Bíblia para outros idiomas, como John Wycliff, por exemplo, que só em 1380 traduziu as Escrituras para o inglês.
b) Fernão Lopes em seu curioso estilo de cronista do século XV, disse que d. João I (1385-1433), um dos sucessores de d. Diniz no trono português, “fez grandes letrados tirar em linguagem os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as epístolas de São Paulo, para que aqueles que os ouvissem fossem mais devotos acerca da lei de Deus” (Crônica de d. João I, 2.a Parte). Os “grandes letrados” eram vários padres que também se utilizaram da Vulgata no trabalho de tradução.
Enquanto esses padres trabalhavam, d. João I, também conhecedor do latim, traduziu o livro de Salmos, que foi reunido aos livros do Novo Testamento traduzidos pelos padres. Seu sucessor, d. João II, outro grande apoiador das traduções do texto bíblico, mandou gravar em seu cetro a parte final do versículo 31 de Romanos 8: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”, atestando assim quanto os soberanos portugueses reverenciavam a Bíblia. Como nessa época a imprensa ainda não havia sido inventada, os livros eram produzidos em forma manuscrita, fazendo-se uso de folhas de pergaminho. Isso tornava a circulação extremamente reduzida. Por ser um trabalho lento e caro, era necessário que a Igreja Romana ou alguém muito rico assumisse os custos do projeto — ninguém mais indicado que os nobres e os reis.
c) Outras figuras da monarquia de Portugal também realizaram traduções parciais da Bíblia. A neta do rei d. João I e filha do infante d. Pedro, a infanta d. Filipa, traduziu do francês Os evangelhos. No século XV, surgiram publicados em Lisboa o Evangelho de Mateus e porções dos demais evangelhos, trabalho realizado pelo frei Bernardo de Alcobaça, que pertenceu à grande escola de tradutores portugueses da Real Abadia de Alcobaça. Ele baseou suas traduções na Vulgata.
d) A primeira harmonia dos evangelhos em língua portuguesa, preparada em 1495 pelo cronista Valentim Fernandes e intitulada De vita Christi, teve seus custos de publicação pagos pela rainha d. Leonora, esposa de d. João II. Cinco anos após o descobrimento do Brasil, d. Leonora mandou também imprimir o livro de Atos dos Apóstolos e as epístolas universais de Tiago, Pedro, João e Judas, traduzidos do latim vários anos antes por frei Bernardo de Brinega. Em 1566, foi publicada em Lisboa uma gramática hebraica para estudantes portugueses. Trazia em português, como texto básico, o livro de Obadias.

Fonte: Bíblia Thompson

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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 02

A BÍBLIA

Códices e manuscritos bíblicos
A partir do século IV, os livros cristãos passaram a ser escritos em códex, palavra derivada de caudex, tabuinha coberta de cera na qual se escrevia com um estilete metálico (stylus). Reunidos por um cordão que passava por orifícios feitos no alto dos exemplares, à esquerda, os códices tinham a forma de livro, portanto bem mais práticos para manusear que os antigos rolos. Os mais importantes códices bíblicos são: Sinaítico, produzido em cerca de 325 d.C., contém todo o AT grego, além das Epístolas de Barnabé e parte de O pastor, de Hermas. Foi encontrado pelo sábio alemão Constantino Tischendorf, em 1844, no Mosteiro de Santa Catarina, situado na encosta do Sinai. Tischendorf viu 129 páginas do manuscrito em uma cesta de papel, prestes a serem lançadas ao fogo. Percebendo seu enorme valor, levou-as para a Europa. Em 1859, voltou ao mosteiro e encontrou as páginas restantes. Doada pelo seu descobridor a Alexandre II, da Rússia, a preciosidade foi posteriormente comprada pela Inglaterra pela vultosa quantia de 100 mil libras esterlinas. Está no Museu Britânico desde 1933. Alexandrino, de meados do século IV, contém o AT grego e quase todo o NT, com  omissões de 24 capítulos de Mateus, cerca de quatro de João e oito de 2º Coríntios. Contém ainda a Primeira epístola de Clemente de Roma e parte da  segunda. Está no Museu Britânico. Outros famosos códices bíblicos são: o Vaticano, do século IV, contém o AT e o NT, com omissões, está na Biblioteca do Vaticano; o Efraemi, produzido por volta de 450 d.C., acha-se na Biblioteca Nacional de Paris; o Baza, encontrado por Teodoro Baza no Mosteiro de Santo Ireneu, na França, em 1581, é datado do século V e encontra-se atualmente na Biblioteca de Cambridge, Inglaterra; o Washington, produzido nos séculos IV e V, acha-se no Museu Freer, na capital dos Estados Unidos da América.Existem, ainda, vários códices de menor importância, expostos em museus e bibliotecas de várias partes do mundo. Somente de livros do NT, completos ou em fragmentos, conhecem-se hoje 156.

Os rolos do mar Morto
Em se tratando de manuscritos em rolos, o mais antigo e importante de todos foi encontrado casualmente em 1947 por um beduíno, em uma bem escondida gruta nas proximidades de Jericó, junto ao mar Morto. Examinado pelo professor Sukenik, da Universidade Hebraica de Jerusalém, revelou-se pertencente ao século III a.C. Contém o livro completo de Isaías e comentários de Habacuque, além de importantes informações sobre a época em que foi escondido. É mais conhecido como o Rolo do mar Morto.

Fonte: Bíblia Thompson

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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS 01

A BÍBLIA

Origens

As primeiras traduções

a) A Septuaginta. Como conseqüência dos setenta anos de cativeiro na Babilônia e da forte influência do aramaico, a língua hebraica enfraqueceu. Todavia, fiéis à tradição de preservar os oráculos em sua língua, os judeus não permitiam que os livros sagrados fossem vertidos para outro idioma. Alguns séculos mais tarde, porém, essa atitude exclusivista e ortodoxa teria de dar lugar a um senso mais prático e liberal. Com o estabelecimento do império de Alexandre, o Grande, a partir de 331 a.C., a língua grega popularizou-se a tal ponto que se tornou imprescindível uma tradução das Sagradas Escrituras nesse idioma.
Segundo o escritor Aresteas, a tradução grega foi feita por 72 sábios judeus (daí o nome “Septuaginta”), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C., a pedido de Demétrio Falário, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo. Concluída 39 anos mais tarde, a nova versão assinalou o começo de uma grande obra que, além de preparar o mundo para o advento de Cristo, tornaria conhecida de todos os povos a Palavra de Deus. Na igreja primitiva, era a tradução conhecida de todos os crentes.
b) A Hexapla. Nem todos os livros do AT, infelizmente, foram bem traduzidos na Septuaginta, razão pela qual Orígenes, por volta de 228 d.C., compôs a Hexapla, ou “versão de seis colunas”, contendo a Septuaginta e as três traduções gregas do AT efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Símaco de Samaria, feitas respectivamente em 130, 160 e 218 d.C. Além dessas, constavam nas duas últimas colunas o texto hebraico e o mesmo texto em grego. Essa grandiosa obra, constituída de cinqüenta volumes, perdeu-se provavelmente quando os sarracenos saquearam Cesaréia, em 653 d.C.
c) A Vulgata. Em 382 d.C., o bispo Dâmaso encarregou Jerônimo de traduzir da
Septuaginta para o latim o livro de Salmos e o NT, trabalho concluído em três anos e meio. Mais tarde, outro bispo assumiu a direção da igreja em Roma e percebeu, com inveja, a grande cultura e a influência de Jerônimo. Este, perseguido e humilhado, dirigiu-se para Belém, na Terra Santa, e ali estudou e trabalhou 34 anos na tradução de toda a Bíblia para a língua latina. Jerônimo escreveu ainda 24 comentários bíblicos, um conjunto de biografias de eremitas, duas histórias da igreja primitiva e diversos tratados.
Mais tarde, a Bíblia de Jerônimo ficou conhecida por Vulgata [Vulgar], sendo hoje utilizada pela Igreja Romana como a autêntica versão das Escrituras em latim, apesar de muitos estudiosos a considerarem pobre e até apontarem falhas graves.

Fonte: Bíblia Thompson

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