ÉTICA
1. INTRODUÇÃO
- O líder cristão é responsável pelo que faz, primeiramente diante de Deus, depois, diante do discípulo, e finalmente, ante a sociedade em que vive. Deve pensar sempre no dom do liderado. Por exemplo, não deixar que cause prejuízo a si mesmo e aos outros: se a pessoa quer suicidar-se, o líder fará todo o possível para impedir que o faça, para isso é importante ver alguns princípios fundamentais acerca da ética, os quais são necessários aplicá-los e tê-los na mente em todo o momento.
2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA
2.1. Guardar confidências:
- O líder deve ser considerado inviolável e não deve andar divulgando a ninguém nenhum aspecto da vida privada das pessoas.
- O buscar um aconselhamento em uma pessoa, é o ato humano que mostra a maior confiança possível em outra pessoa. É a pessoa dizendo: “Eu confio em você, estou certo de que posso abrir meu coração sem temer de ser traído, posso revelar minhas esperanças, meus medos, minhas fraquezas com completa confiança”. No caso em que o líder não possa aconselhar de forma devida o liderado, o que a situação ou problema lhe supera (problemas matrimoniais, familiares, econômicos, etc), deve informar unicamente ao seu (pastor ou superior) para que o caso seja devidamente atendido.
2.2. Evitar o contato físico, em especial nos casos de aconselhamento a pessoa do sexo oposto:
- Evitar tudo que possa produzir uma situação de sedução ou alimentar as emoções doentias, causando suspeitas, fofocas e intrigas. “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas” (Pv 22.1). O líder não deve ir sozinho à casa de uma mulher a quem não conhece, nem aconselhar uma mulher em seu automóvel. É de bom alvitre que: homens de Deus, ajudem (aconselhem) homens; e mulheres de Deus ajudem (aconselhem) mulheres. O fato do conselheiro (líder) ser um homem regenerado e ser um servo de Deus, não o livra de se sentir atraído por uma mulher a quem ele está aconselhando, ou vice-versa.
- Em regra geral, os líderes (pastores) prudentes aconselham as mulheres somente quando alguém está presente, e é logicamente a esposa do pastor que costuma acompanhá-lo.
2.3. Não usar o liderado para satisfazer seus próprios desejos:
- A curiosidade do conselheiro (líder), suas necessidades sexuais e o desejo de que outras pessoas dependam dele, são motivos que movimentam inconscientemente alguns conselheiros. Ao escutar do aconselhado: fofocas, intrigas, boatos ou detalhes muito íntimos da vida de alguém pode alimentar a curiosidade do conselheiro, mas não o ajuda absolutamente no processo de aconselhamento. Esta curiosidade pode desviar a atenção do conselheiro daquilo que é importante na conversação e fazer com que o aconselhado (liderado), ao perceber o que está acontecendo, perca o respeito e a confiança pelo conselheiro. O líder (conselheiro) deve reconhecer suas próprias debilidades e procurar ajuda do Espírito Santo para resistir a tais tentações.
2.4. Não esconder suas convicções cristãs:
- A fé ou a crença do líder cristão, deve influenciar tudo o que ele pensar ou fizer, inclusive no aconselhamento. Mais vale ser fiel a Deus e à sua Palavra, do que cair na graça do aconselhado, se a pessoa tiver que escolher entre as duas coisas. Portanto, o líder é responsável diante de Deus em indicar ao liderado a verdade bíblica que se relacione com o assunto considerado. Naturalmente, ele não deve impor a norma cristã. Por exemplo, não deve aprovar um aborto no caso de uma mãe solteira que fornicou e está grávida. Pode dizer-lhe: “A Bíblia ensina... e assim... cabe a você decidir o que fará. Mas você não acha que é conveniente obedecer à Palavra de Deus e contar com sua ajuda antes de fazer o que é contrário à Bíblia, por mais fácil que pareça, e levar assim o peso da consciência pelo resto da vida?”.
- É de capital importância que apresentemos a verdade bíblica com amor e humanidade, não para condenar o homem, mas para levá-lo a ser salvo pelo grande amor e misericórdia do Altíssimo. (Jo 3. 16-21).
2.5. Não tentar convencer o aconselhado a continuar recebendo conselho:
- É conveniente incentivá-lo a continuar, mas se a pessoa não quer mudar, é inútil aconselhá-la. Além do mais, o líder deve respeitar os desejos do liderado (aconselhado) e não deve obrigá-lo a fazer nenhuma coisa, mesmo argumentando que é para o bem da pessoa.
2.6. Reconhecer suas próprias limitações:
- Nenhum (líder) conselheiro pode ajudar a todos. Há situações muito difíceis, mesmo fazendo o possível é provável que não consiga o resultado esperado. È importante buscar ajuda, conselho, preparando-se espiritualmente para poder ser o mais eficiente possível, mas ainda assim poderá aparecer casos que é necessário enviar a pessoa a outros mais capacitados para atender.
2.7. Discernir a condição espiritual da pessoa:
- Há situações em que algumas pessoas estão enfermas mentalmente, e têm sido libertadas por meio da oração. Devemos reconhecer que existem casos de possessão demoníaca; às vezes é difícil distinguir um endemoniado de uma pessoa que tem problemas mentais. Em geral o endemoniado se diferencia quando o demônio fala através da pessoa, além de responder negativamente a oração e ministração, onde a presença de uma pessoa de fé e de poder espiritual o incomoda. Não podemos esquecer que ainda neste caso, estamos tratando com pessoas que necessitam serem libertas. Há pessoas que mesmo sendo ministradas várias vezes libertação, continuam nas mesmas condições; várias podem ser as causas: pecado oculto, falta de perdão, ódio, rancores, etc. É importante levar a pessoa a confessar sua situação, guiá-la em uma oração de sincero arrependimento, fazer renunciar àquelas situações ou práticas que provocaram este problema em sua vida, jogar fora toda atitude do inimigo, e convidar o Espírito Santo para que tome domínio dessa vida.
2.8. Cumprir com os compromissos e responsabilidades:
- A ética nos fala dos sentidos comuns de considerar o nosso próximo, mais importante do que aquelas coisas que nos desagradam ou ainda que não gostamos que nos façam; tampouco, devemos fazer com os demais em muitas ocasiões, e com isso, podemos chegar a causar desgostos incomuns por não assumirmos com responsabilidade nossos compromissos, como por exemplo: ser pontual, avisar com antecedência as mudanças de planos e horários, ser prudente e amável, etc. Estes fatores ajudarão a manter um bom estado de espírito com os que lhe rodeiam (liderados).
- Há muitas pessoas que se sentem ofendidas, detratadas, desanimadas e decepcionadas, em razão da forma como atuam ou procedem seus líderes. Lembre-se! Deus tem nos confiado a tarefa de liderar vidas “para que ninguém se perca”.
2.9. Ser comunicativo:
- O líder não só deve manter os canais de comunicação com os seus liderados, como também, com o seu líder superior. Muitos maus entendidos podem ser evitados através de uma comunicação fluente e adequada.
- A forma de conduzirmos, de atuar e proceder, dizem mais que as palavras. Como diz o pensador: “somos escravos daquilo que falamos através dos nossos lábios (boca), mas somos senhores do nosso silêncio”. É de suma importância que o líder atue com prudência, respeito e amor; portanto, daí a necessidade do líder viver e agir com maturidade cristã. (Pv 25.11).
- A Bíblia nos fala também, de não sermos um tropeço por nossa forma de proceder ou atuar, tanto para a vida pessoal, como para os que nos rodeiam (Mt 18. 6,7), e amar o nosso próximo como a nós mesmos (Mt 19. 19).
FONTE: VIDA NOVA COMUNIDADE PENTECOSTAL.
DEUS EM CRISTO JESUS VOS ABENÇOE.